Clínica Longevus - Centro de Estudos do Envelhecimento e Medicina Estética

DIFERENÇA NO ENVELHECIMENTO DA PELE ENTRE OS GRUPOS ÉTNICOS

Nosso organismo atinge o pico de sua capacidade física e mental na fase de adultos jovens. A partir daí,ocorre um declínio gradual dessas informações.A velocidade desse declínio depende de fatores intrínsecos e extrínsecos. Dentre os fatores extrínsecos,podemos destacar os papéis da alimentação,de hábitos como o tabagismo,ingestão alcoólica,exposição a substâncias tóxicas e,especificamente,quando falamos da pele,da exposição ao sol. 

Em relação à nossa aparência ,alterações na pele e no subcutâneo ocorrem por perda de volume de partes moles,redistribuição de gordura facial estimulada  pelo efeito gravitacional e redução  do arcabouço esquelético pela reabsorção óssea.A fotoexposição,como um dos mais importantes fatores extrínsecos,contribui para o aparecimento de rugas,queratoses,lentigos,alteração de elasticidade,textura e coloração da pele.                                                                                                                                                  
De acordo com as teorias existentes,vários mecanismo podem estar envolvidos no envelhecimento celular.O encurtamento de telômeros, mutações no DNA mitocondrial,diminuição de níveis hormonais (o que seria importante nas diferenças entre os sexos) e o estresse oxidativo,que ganhou muito destaques nos últimos anos,são alguns fatores que iremos abordar brevemente.                                                                                                                                                A teoria do envelhecimento pela presença de espécies  reativas de oxigênio (ROS) procura explicar tanto envelhecimento extrínseco,quanto o intrínseco.Em termos individuais,o impacto do envelhecimento extrínseco depende dos fatores ambientais  aos quais tal individuo  é exposto e também à sua  carga genética  e sua susceptibilidade.                                                                                                
A diferença mais evidente entre os grupos étnicos é a cor da pele, porém fatores como diferenças genéticas e hábitos certamente contribuem para o envelhecimento  extrínseco.O impacto da radiação solar  é o mais importante fator no envelhecimento extrínseco da pele. 

A pele dos caucasianos contém melanossomos  pequenos,concentrados na camada basal  enquanto os indivíduos  de pele mais escura,os melanossomos são mais ricos em melanina,dispersos  por toda epiderme.                                                     

Nos grupos étnicos de peles mais escuras,a melanina dispersa por toda epiderme e previne a penetração da radiação ultravioleta  ate a derme de forma mais eficaz.Quando  comparada  a peles mais claras,tal fato tem um importante impacto  em retardar  o envelhecimento  extrínseco nesses grupos.                                                                                            
Além das diferenças  em pigmentação,a pele negra apresenta  um extrato córneo  mais espesso e o fibroblastos mais ativos,o que confere maior densidade  de colágeno  a essa pele.Em função disso a pele negra  mantém  um aspecto  jovem por mais tempo.                                                                                                   
Em comparação a indivíduos caucasianos da mesma idade, indivíduos de pele mais escuras apresentam sinais de envelhecimento mais relacionados à alterações secundárias ao efeito gravitacional nos tecidos moles da face.A combinação de um suporte esquelético  mais deficiente e maior volume de tecido subcutâneo  contribui para a percepção de envelhecimento nesses grupos.                                                                                                                                                      
Um estudo avaliou as diferenças histológicas entre peles de pacientes caucasianos e afrodescendentes e mostrou que há diferenças entre a rede de elastina na derme,bem como a resposta  dessas peles  ao estímulo ao fator beta  de transformação  do crescimento (TGF-B).O estudo mostrou que a expressão de tropoelastina e de fibras elásticas em pele fotoprotegida  nos caucasianos  era menor do que nos indivíduos  afrodescendentes. Da mesma forma ,a expressão de tropoelastina na pele fotoexposta  dos afrodescendentes  era similar àquela da pele fotoprotegida,sugerindo  que a exposição solar não afetaria  a formação de fibras  de elastina  nos afrodescendentes  da mesma forma que os caucasianos .             
Os resultados podem nos levar a concluir que existem  diferenças fisiológicas  entre as peles  de diferentes grupos étnicos (neste estudo, particularmente,foram comparados os caucasianos aos afrodescendentes).A diferença entre a composição  de elastina na derme e a resposta ao TGF-B mostra que os afrodescendentes  sofreriam  menor influência da radiação ultravioleta (UV) no conteúdo  de elastina,o que pode contribuir para a diferença na percepção do envelhecimento da pele nesse grupo étnico.Caucasianos apresentam um envelhecimento cutâneo com inicio mais precoce  do que os outros grupos étnicos,particularmente   relacionado ao surgimento de rugas finas e flacidez.                                                                                                        
Apesar de termos poucos estudos comparados a  pele caucasiana com a pele asiática, um estudo muito interessante comparou a pele  de 160 mulheres chinesas pareadas com 160 francesas da mesma idade.Dermatologista avaliaram  vários parâmetros como pigmentação , rugas finas, flacidez e concluíram que,para cada área  facial analisada, o início  do surgimento das rugas ocorre dez anos mais tarde nas chinesas,em relação às francesas.O mesmo estudo mostrou que as alterações pigmentares são mais importantes nas chinesas do que nas francesas.                                                                                                                                                                                                                        



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